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| Naturistas em debate sobre a censura nas redes sociais. | 
O Naturismo e as palavras 
Para
 além da prática do naturismo no dia a dia e da componente da 
socialização a nu,  muitos naturistas no mundo inteiro trabalham e 
dedicam-se a contribuir para a componente teórica do naturismo. 
Através
 de livros,  escritos dispersos,  artigos de opinião na comunicação e em
 redes sociais ou mesmo através de debates,  conferências e conversas de
 circunstância. 
Todos os meios são válidos para o debate e partilha de ideias sobre o naturismo. 
No
 entanto sendo o naturismo uma filosofia de vida praticada por 
60 
milhões de pessoas em todo o mundo, é fácil de compreender e é 
compreensível que existam várias formas e correntes dentro do naturismo.
 
E é nesta diferenciação que está 
uma das maiores riquezas do 
naturismo permitindo debates acalorados e filosóficos facilitando e 
abrindo caminho para as novas tendências e para a alteração do peso das 
várias correntes em cada período da actualidade. 
Mas é aqui 
também que pseudo naturistas fazem uma gincana oratória e escrita sem 
respeito e tolerância pelos demais,  utilizando a deturpação de 
conceitos e definições em conjunto com o ataque pessoal e 
institucional,  gritando mais alto para se sentirem ouvidos,  
parafraseando autores e escritos de outros a seu belo prazer de forma a 
justificar a sua argumentação pessoal. 
Esta é uma forma que nada
 têm a ver com o naturismo e apenas se serve dele para alimentar egos 
pessoais e objectivos estratégicos escondidos. 
Sob a capa de 
verdadeiros e quase únicos naturistas apresentam-se como 
iluminados 
seres da filosofia naturista e detentores de todo o seu saber. 
Nada
 mais errado, 
 o naturismo vive dentro de cada um de nós de forma 
única,  a filosofia naturista e a prática dos seus conceitos estão em 
permanente mudança para acompanhar o mundo na sua permanente 
transformação. 
Ninguém detém todo o saber e muito menos a sua propriedade. 
Mas pessoas que se servem do naturismo e dos ataques pessoais e institucionais poderão ser considerados naturistas? 
Pessoas
 que usam conceitos e ataques para alimentar o seu ego e os seus 
objectivos escondidos,  poderão ser considerados naturistas? 
Onde
 estão nestes casos a tolerância,  o respeito pelos outros e o despir 
interior livre de egos e máscaras,  onde está o contributo comunitário e
 desinteressado em prol do movimento? 
Existirá naturismo dentro daqueles onde se sobrepõem os interesses comerciais e pessoais? 
Pessoalmente
 acredito que não,  
estar nu sem estar interiormente despido não deverá 
ser a melhor forma de integração e prática naturista. 
Agradeço os vossos comentários para debate e troca de ideias sobre este tema.
Artigo publicado no 
fórum JPN, e republicado no 
blog da FPN por Paulo Garcia
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