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22/02/2015

Barreiras - 4: O Social – Aceitação plena

O Social – Aceitação plena

Para que a nossa caminhada esteja completa, para que a nossa viajem tenha sucesso falta ultrapassar uma ultima barreira, a Barreira do Social.

O ser humano é por tradição um ser social, vivendo em sociedade, em família, em parceria.

Passadas as etapas anteriores onde se aceitou o Eu, o Corpo, o estar Nu em Natureza, com a Natureza ao Natural, é tempo para o passo seguinte, é tempo de superar a ultima barreira:

A socialização ao Natural.

Depois das três barreiras anteriores, parece fácil, se eu já me aceitei, se eu já me despi e aceitei o meu corpo, se eu já aceitei e já consegui comungar ao natural com a natureza, com o universo e já consigo estar em espaços onde estão presentes outros seres ao natural, então confraternizar, partilhar e socializar com eles será um passo naturalmente fácil.

É natural que seja o passo seguinte porque como foi dito para o ser humano faz parte da sua genética estar em grupo, em sociedade, em família, com amigos , com conhecidos ou mesmo com estranhos acabados de conhecer, que connosco partilham os mesmo ideais.

Mas esta ultima barreira que parece tão fácil e acessível, levanta ainda mais barreiras, mais medos, muitas ideias, pensamentos e indecisões.

Um mar de perguntas surge à nossa frente:
Como se vai comportar o meu corpo?
Como se vai comportar o meu olhar?
Como é que eu me devo comportar?
O que devo ou posso dizer ou fazer ?
Como devo estar?
Como deve cumprimentar?
Etc.

Até aqui fui caminhado sozinho, ou eventualmente acompanhado, dentro do meu espaço, do mundo, foi realizando a minha caminhada interior, individual, controlei os acontecimentos, a velocidade, o momento, o espaço e o tempo. Cresci ao meu ritmo ao meu jeito.

Agora será diferente, a interacção com os outros é dinâmica, o controlo não é exclusivamente meu, mas sim de todos os presentes.

Foi para este momento que caminhei, que me preparei, é este o momento que quero viver e vivenciar, no limite tenho o poder de recuar, de voltar à etapa anterior, de me proteger.

Tenho o meu “botão de pânico” que me permite sair, fugir, recuar, voltar á minha zona de conforto onde tudo conheço e tudo controlo.

Mas… ao retroceder, ao recolher à minha zona de conforto, não ultrapassei a ultima barreira, aquela que estava já ali, aquela que era o meu objectivo e para a qual tanto trabalhei, procurei antes refugiu no meu Eu individual.

Não… não é este o meu caminho, não é este o meu desejo nem a minha vontade, respiro fundo, ou em frente, enfrento a barreira e sei que vou conseguir.

Já agora, onde e como o vou fazer, qual o espaço ideal, o lugar certo e adequado?

Parece que as duvidas não têm fim, surjam umas atrás das outras, tantas perguntas, tantas incertezas, tantas respostas.

Qual o melhor local? na praia? No campo? Num parque naturista?
E com quem? Em família? Com amigos? Numa actividade associativa? Indoor? Outdoor?

Com tantas perguntas, com tantas respostas, no meio de tantas possibilidades e incertezas, estamos perante a barreira que aparente ser a mais a mais complexa e a mais complicada.

Páro para respirar e afinal… o melhor local é único para cada um de nós, é o local, o tempo e as pessoas onde e com quem em me sinto mais confortável para com elas e com a sua ajuda e apoio, e no limite comigo mesmo, onde Eu escolho dar o passo, no momento em que Eu escolho dar o passo.

No meu momento, no meu tempo e no local por mim escolhido Eu ultrapasso a barreira de me socializar, Eu trono-me um Naturista na sua plenitude e apenas e tão só tenho de ser eu próprio, eu mesmo, assim tão simples e tão fácil.

Apenas tenho de respeitar o próximo, a filosofia naturista, ter os comportamentos adequados e socialmente aceites no meio Naturista.

Tudo se resume ao Eu estar confortável comigo mesmo, com os outros, agindo naturalmente até atingir o pleno, até me esquecer que estou nu, despido, sem roupas.

Naquele momento a minha “roupa” é o meu corpo, naquele momento não me sinto despido, nu, mas sim “vestido” com o meu Eu, com o meu Corpo, eu e todos os outros que me rodeiam vestimos o mesmo traje, a mesma moda e o mesmo estar.

Todos os presentes com a sua “roupa” única e só sua, mas todos em socialização ao natural, confortáveis consigo próprios, plenos com todos os que os rodeiam, saboreando os elementos da natureza e o interior de cada um de nós.

Chegado aqui estamos prontos, preparados para viver o naturismo em plenitude, o difícil agora passa a ser o não viver em naturismo, o usar roupa, etc.

Cheguei,
                Ultrapassei as barreiras,    
                                                     Vivo plenamente bem comigo mesmo.

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21/02/2015

Barreiras - 3: O Publico – Aceitação natural

O Publico – Aceitação natural

Agora que aceito o meu Eu e o meu Corpo, estou pronto para seguir novamente na caminhada, estou pronto para vivenciar a natureza de forma natural, estou pronto para que a natureza e eu sejamos um só.

Seja na praia ou no campo, no sentir a terra, a agua, no o ar e o fogo em simultâneo, sinto-me em casa, sinto-me em comunhão com a natureza , com o universo.

Passei de um Ser individual e individualista, para algo muito maior que faz parte de um todo, sinto-me pleno e um só com o universo.

Cada ponto do meu corpo está em comunhão com a natureza, cada espaço do meu Eu está em comunhão com o universo, com a plenitude.

Só quem se atreve a experimentar a vivenciar é que pode perceber esta sensação, esta forma de estar e de sentir.

Não se pode traduzir em palavras, estas nada significam, apenas com o sentir em pleno, com a vivência da experiencia, com a entrega à natureza podemos aspirar a este sentimento de plenitude.

Sentir uma experiencia única, indescritível, diferente para cada um de nós, valorizada de forma diferente e única, sentir algo que não se descreve, sente-se apenas, vive-se, não se conta, é nosso e só nosso.

Sente-se a plenitude do momento, naquele momento, naquele lugar, ali, onde estamos no espaço e no tempo, único e indivisível, magico, sublime.

E tu… Experimenta, atreve-te, vive, sente e embarca nesta viagem ao centro do Universo, ao centro de ti mesmo, ao todo, ao teu Eu, navega no oceano da plenitude partindo à descoberta de ti próprio e de tudo o que te rodeia, mas que está simultaneamente longe do teu olhar.

Estás nú, despido, perante ti próprio e perante o mundo, estás pleno, não importa o que vês ou o que mostras, apenas o que sentes.

Estás pronto para nova viagem, para nova barreira.


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20/02/2015

Barreiras - 2: O Corpo - Aceitação exterior

O Corpo - Aceitação exterior

À medida que nos descobrimos e aceitamos o nosso corpo surge como como uma extensão natural do nosso Ser.

O Corpo que nos acompanha desde o nascimento, evolui e transforma-se ao longo dos tempos mantendo-se inalterada a opressão sobre o mesmo ditada pela sociedade, pela religião, pela família, pelos média e pela moda.

A religião com o pecado, a sociedade com o decoro, a moda com as imagens perfeitas e irreais , o estado com normas, as leis e a formatação imposta pela via do ensino, constituem todas elas um conjunto alargado e elevado de barreiras à aceitação individual do Corpo.

Após a passagem da barreira do EU, através da aceitação do que somos e como o somos, ficamos prontos para esta etapa mais difícil, longa e dolorosa.

Até aqui fizemos um caminho interior, só nosso e ao qual apenas acederam os mais próximos ou mais íntimos. A partir daqui precisamos de espaço, inicialmente podemos faze-lo dentro da nossa privacidade, no nosso quarto, na nossa casa e em privado.

Partindo da aceitação do EU iniciamos o caminho em direcção à aceitação do Corpo ganhando determinação e força para superar esta barreira.

Se me aceito por dentro não faz sentido não me aceitar por fora.

O meu Corpo é o meu Corpo, é único e é só meu, é a “roupa”, o “fato”, o traje que a natureza me deu e que moldei ao longo da vida na minha caminhada, com a minha prática desportiva, com a minha alimentação e com o meu trabalho.

Independente do que fiz e como fiz, deu muito trabalho a esculpi-lo, é fruto do que sou, do que fui e do que serei, acumula a minha vida ao longo dela.

Cada cabelo branco ou desaparecido, cada cicatriz, cada ruga, cada prega, cada ponto do meu corpo tem uma história, uma vivência, tem o resultado da minha vida e do meu Ser.

Aceitar o meu Corpo é aceitar o meu Eu, o meu passado e o meu futuro, é aceitar a possibilidade de o manter, de nada fazer, mas também é aceitar a possibilidade de através da pratica desportiva, da alimentação, a da meditação, do exercício e porque não da ciência de o mudar, de o trabalhar, no entanto faça o que faça ou aceite o que fiz, é e será o meu Corpo.

Olhar e aceitar, ver ao espelho e reconhecer, respeitar, entender que parte de mim mesmo, que é único e só meu, é concluir a jornada e ficar pronto para o passo seguinte.

Nesse momento aceito-me plenamente e ultrapasso a barreira do meu Corpo, passo a ser um Ser de corpo e alma, único e indivisível.

Descubro o conforto de andar despido, descubro a minha liberdade individual no meu estado mais puro.

Eu sou Eu, o meu Corpo é o meu Corpo, somos um só, o que me fizerem desde que nasci, perdeu peso, perdeu importância, relativizou-se, não importa mais.

Chegado aqui estou pronto para o mundo, pronto para o próximo passo, pronto para ultrapassar uma nova barreira.


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19/02/2015

Barreiras - 1: O Eu – Aceitação interior

O Eu – Aceitação interior

Nascemos Naturistas vindos de um meio ambiente auto-suficiente, pleno e repleto de bem estar e conforto.

Não possuímos nada mas temos tudo o que precisamos.

Chegamos leves por dentro e por fora, sem tabus, sem preconceitos, plenos de aceitação corporal e sem roupas.

De imediato a sociedade, a família e o meio envolvente iniciam o nosso processo de transformação criando à nossa volta e dentro de nós barreiras atrás de barreiras, a moral, o social, o preconceito, a hipocrisia, a posse, etc.

Crescemos e vivemos a coleccionar roupa, tabus, barreiras familiares, sociais e profissionais.

Somos desde tenra idade e de forma continuada balizados, repreendidos e formatados através da família, da escola, da sociedade, do estado, dos média, etc.

Quando nascemos não escolhemos nenhuma destas entidades, viemos ao mundo no meio delas, fomos pela família nelas colocados e finalmente condicionados pelo nosso percurso anterior.

No entanto a partir de dado momento podemos escolher alternativas, novos caminhos e novos horizontes, sejam eles interiores ou exteriores.

A adesão interior ao Naturismo é um destes caminhos que podemos e devemos escolher, é um trabalho mais ou menos longo, diferente de pessoa para pessoa.

É uma caminhada a solo ou em grupo na qual aos poucos vamos tomando consciência do que somos, do que nos trouxe até este momento, de tudo o que incorporamos desde o nosso nascimento até ao presente.

O momento em si não escolhe idades ou lugares, acontece simplesmente, chega sem avisar e põe em causa muito do que nos incutiram ao longo da vida, questiona-nos, coloca-nos duvidas e abana o nosso EU.

Ao descobrimos um caminho e uma forma de estar na vida, mais leve, com menos obstáculos e que nos permite Ser e Estar mais perto de nós próprios e da própria natureza, conduzindo a um estado em que o passado e as condicionantes que nos impuseram perdem importância e relevo na nossa vida, tornando-nos mais vivos e mais despertos para o que nos rodeia, permitindo que possamos ver e apreciar a natureza, que a possamos sentir, que a possamos vivenciar e apreciar.

Chegados aqui acabamos de ultrapassar a 1ª barreira, passamos a aceitar o nosso Eu, o nosso interior adquire relevo, permitindo desta forma descobrir e realizar a existência de uma dimensão mais plena, ganhamos assim asas para novos voos permitindo a continuação da nossa caminhada em direcção às próximas barreiras.


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29/04/2012

Barreiras - 4: O Social – Aceitação plena

O Social – Aceitação plena

Para que a nossa caminhada esteja completa, para que a nossa viajem tenha sucesso falta ultrapassar uma ultima barreira, a Barreira do Social.

O ser humano é por tradição um ser social, vivendo em sociedade, em família, em parceria.

Passadas as etapas anteriores onde se aceitou o Eu, o Corpo, o estar Nu em Natureza, com a Natureza ao Natural, é tempo para o passo seguinte, é tempo de superar a ultima barreira:

A socialização ao Natural.

Depois das três barreiras anteriores, parece fácil, se eu já me aceitei, se eu já me despi e aceitei o meu corpo, se eu já aceitei e já consegui comungar ao natural com a natureza, com o universo e já consigo estar em espaços onde estão presentes outros seres ao natural, então confraternizar, partilhar e socializar com eles será um passo naturalmente fácil.

É natural que seja o passo seguinte porque como foi dito para o ser humano faz parte da sua genética estar em grupo, em sociedade, em família, com amigos , com conhecidos ou mesmo com estranhos acabados de conhecer, que connosco partilham os mesmo ideais.

Mas esta ultima barreira que parece tão fácil e acessível, levanta ainda mais barreiras, mais medos, muitas ideias, pensamentos e indecisões.

Um mar de perguntas surge à nossa frente:
Como se vai comportar o meu corpo?
Como se vai comportar o meu olhar?
Como é que eu me devo comportar?
O que devo ou posso dizer ou fazer ?
Como devo estar?
Como deve cumprimentar?
Etc.

Até aqui fui caminhado sozinho, ou eventualmente acompanhado, dentro do meu espaço, do mundo, foi realizando a minha caminhada interior, individual, controlei os acontecimentos, a velocidade, o momento, o espaço e o tempo. Cresci ao meu ritmo ao meu jeito.

Agora será diferente, a interacção com os outros é dinâmica, o controlo não é exclusivamente meu, mas sim de todos os presentes.

Foi para este momento que caminhei, que me preparei, é este o momento que quero viver e vivenciar, no limite tenho o poder de recuar, de voltar à etapa anterior, de me proteger.

Tenho o meu “botão de pânico” que me permite sair, fugir, recuar, voltar á minha zona de conforto onde tudo conheço e tudo controlo.

Mas… ao retroceder, ao recolher à minha zona de conforto, não ultrapassei a ultima barreira, aquela que estava já ali, aquela que era o meu objectivo e para a qual tanto trabalhei, procurei antes refugiu no meu Eu individual.

Não… não é este o meu caminho, não é este o meu desejo nem a minha vontade, respiro fundo, ou em frente, enfrento a barreira e sei que vou conseguir.

Já agora, onde e como o vou fazer, qual o espaço ideal, o lugar certo e adequado?

Parece que as duvidas não têm fim, surjam umas atrás das outras, tantas perguntas, tantas incertezas, tantas respostas.

Qual o melhor local? na praia? No campo? Num parque naturista?
E com quem? Em família? Com amigos? Numa actividade associativa? Indoor? Outdoor?

Com tantas perguntas, com tantas respostas, no meio de tantas possibilidades e incertezas, estamos perante a barreira que aparente ser a mais a mais complexa e a mais complicada.

Páro para respirar e afinal… o melhor local é único para cada um de nós, é o local, o tempo e as pessoas onde e com quem em me sinto mais confortável para com elas e com a sua ajuda e apoio, e no limite comigo mesmo, onde Eu escolho dar o passo, no momento em que Eu escolho dar o passo.

No meu momento, no meu tempo e no local por mim escolhido Eu ultrapasso a barreira de me socializar, Eu trono-me um Naturista na sua plenitude e apenas e tão só tenho de ser eu próprio, eu mesmo, assim tão simples e tão fácil.

Apenas tenho de respeitar o próximo, a filosofia naturista, ter os comportamentos adequados e socialmente aceites no meio Naturista.

Tudo se resume ao Eu estar confortável comigo mesmo, com os outros, agindo naturalmente até atingir o pleno, até me esquecer que estou nu, despido, sem roupas.

Naquele momento a minha “roupa” é o meu corpo, naquele momento não me sinto despido, nu, mas sim “vestido” com o meu Eu, com o meu Corpo, eu e todos os outros que me rodeiam vestimos o mesmo traje, a mesma moda e o mesmo estar.

Todos os presentes com a sua “roupa” única e só sua, mas todos em socialização ao natural, confortáveis consigo próprios, plenos com todos os que os rodeiam, saboreando os elementos da natureza e o interior de cada um de nós.

Chegado aqui estamos prontos, preparados para viver o naturismo em plenitude, o difícil agora passa a ser o não viver em naturismo, o usar roupa, etc.

Cheguei,
                Ultrapassei as barreiras,    
                                                     Vivo plenamente bem comigo mesmo.

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28/04/2012

Barreiras - 3: O Publico – Aceitação natural

O Publico – Aceitação natural

Agora que aceito o meu Eu e o meu Corpo, estou pronto para seguir novamente na caminhada, estou pronto para vivenciar a natureza de forma natural, estou pronto para que a natureza e eu sejamos um só.

Seja na praia ou no campo, no sentir a terra, a agua, no o ar e o fogo em simultâneo, sinto-me em casa, sinto-me em comunhão com a natureza , com o universo.

Passei de um Ser individual e individualista, para algo muito maior que faz parte de um todo, sinto-me pleno e um só com o universo.

Cada ponto do meu corpo está em comunhão com a natureza, cada espaço do meu Eu está em comunhão com o universo, com a plenitude.

Só quem se atreve a experimentar a vivenciar é que pode perceber esta sensação, esta forma de estar e de sentir.

Não se pode traduzir em palavras, estas nada significam, apenas com o sentir em pleno, com a vivência da experiencia, com a entrega à natureza podemos aspirar a este sentimento de plenitude.

Sentir uma experiencia única, indescritível, diferente para cada um de nós, valorizada de forma diferente e única, sentir algo que não se descreve, sente-se apenas, vive-se, não se conta, é nosso e só nosso.

Sente-se a plenitude do momento, naquele momento, naquele lugar, ali, onde estamos no espaço e no tempo, único e indivisível, magico, sublime.

E tu… Experimenta, atreve-te, vive, sente e embarca nesta viagem ao centro do Universo, ao centro de ti mesmo, ao todo, ao teu Eu, navega no oceano da plenitude partindo à descoberta de ti próprio e de tudo o que te rodeia, mas que está simultaneamente longe do teu olhar.

Estás nú, despido, perante ti próprio e perante o mundo, estás pleno, não importa o que vês ou o que mostras, apenas o que sentes.

Estás pronto para nova viagem, para nova barreira.


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27/04/2012

Barreiras - 2: O Corpo - Aceitação exterior

O Corpo - Aceitação exterior

À medida que nos descobrimos e aceitamos o nosso corpo surge como como uma extensão natural do nosso Ser.

O Corpo que nos acompanha desde o nascimento, evolui e transforma-se ao longo dos tempos mantendo-se inalterada a opressão sobre o mesmo ditada pela sociedade, pela religião, pela família, pelos média e pela moda.

A religião com o pecado, a sociedade com o decoro, a moda com as imagens perfeitas e irreais , o estado com normas, as leis e a formatação imposta pela via do ensino, constituem todas elas um conjunto alargado e elevado de barreiras à aceitação individual do Corpo.

Após a passagem da barreira do EU, através da aceitação do que somos e como o somos, ficamos prontos para esta etapa mais difícil, longa e dolorosa.

Até aqui fizemos um caminho interior, só nosso e ao qual apenas acederam os mais próximos ou mais íntimos. A partir daqui precisamos de espaço, inicialmente podemos faze-lo dentro da nossa privacidade, no nosso quarto, na nossa casa e em privado.

Partindo da aceitação do EU iniciamos o caminho em direcção à aceitação do Corpo ganhando determinação e força para superar esta barreira.

Se me aceito por dentro não faz sentido não me aceitar por fora.

O meu Corpo é o meu Corpo, é único e é só meu, é a “roupa”, o “fato”, o traje que a natureza me deu e que moldei ao longo da vida na minha caminhada, com a minha prática desportiva, com a minha alimentação e com o meu trabalho.

Independente do que fiz e como fiz, deu muito trabalho a esculpi-lo, é fruto do que sou, do que fui e do que serei, acumula a minha vida ao longo dela.

Cada cabelo branco ou desaparecido, cada cicatriz, cada ruga, cada prega, cada ponto do meu corpo tem uma história, uma vivência, tem o resultado da minha vida e do meu Ser.

Aceitar o meu Corpo é aceitar o meu Eu, o meu passado e o meu futuro, é aceitar a possibilidade de o manter, de nada fazer, mas também é aceitar a possibilidade de através da pratica desportiva, da alimentação, a da meditação, do exercício e porque não da ciência de o mudar, de o trabalhar, no entanto faça o que faça ou aceite o que fiz, é e será o meu Corpo.

Olhar e aceitar, ver ao espelho e reconhecer, respeitar, entender que parte de mim mesmo, que é único e só meu, é concluir a jornada e ficar pronto para o passo seguinte.

Nesse momento aceito-me plenamente e ultrapasso a barreira do meu Corpo, passo a ser um Ser de corpo e alma, único e indivisível.

Descubro o conforto de andar despido, descubro a minha liberdade individual no meu estado mais puro.

Eu sou Eu, o meu Corpo é o meu Corpo, somos um só, o que me fizerem desde que nasci, perdeu peso, perdeu importância, relativizou-se, não importa mais.

Chegado aqui estou pronto para o mundo, pronto para o próximo passo, pronto para ultrapassar uma nova barreira.


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25/04/2012

Barreiras - 1: O Eu – Aceitação interior


O Eu – Aceitação interior

Nascemos Naturistas vindos de um meio ambiente auto-suficiente, pleno e repleto de bem estar e conforto.

Não possuímos nada mas temos tudo o que precisamos.

Chegamos leves por dentro e por fora, sem tabus, sem preconceitos, plenos de aceitação corporal e sem roupas.

De imediato a sociedade, a família e o meio envolvente iniciam o nosso processo de transformação criando à nossa volta e dentro de nós barreiras atrás de barreiras, a moral, o social, o preconceito, a hipocrisia, a posse, etc.

Crescemos e vivemos a coleccionar roupa, tabus, barreiras familiares, sociais e profissionais.

Somos desde tenra idade e de forma continuada balizados, repreendidos e formatados através da família, da escola, da sociedade, do estado, dos média, etc.

Quando nascemos não escolhemos nenhuma destas entidades, viemos ao mundo no meio delas, fomos pela família nelas colocados e finalmente condicionados pelo nosso percurso anterior.

No entanto a partir de dado momento podemos escolher alternativas, novos caminhos e novos horizontes, sejam eles interiores ou exteriores.

A adesão interior ao Naturismo é um destes caminhos que podemos e devemos escolher, é um trabalho mais ou menos longo, diferente de pessoa para pessoa.

É uma caminhada a solo ou em grupo na qual aos poucos vamos tomando consciência do que somos, do que nos trouxe até este momento, de tudo o que incorporamos desde o nosso nascimento até ao presente.

O momento em si não escolhe idades ou lugares, acontece simplesmente, chega sem avisar e põe em causa muito do que nos incutiram ao longo da vida, questiona-nos, coloca-nos duvidas e abana o nosso EU.

Ao descobrimos um caminho e uma forma de estar na vida, mais leve, com menos obstáculos e que nos permite Ser e Estar mais perto de nós próprios e da própria natureza, conduzindo a um estado em que o passado e as condicionantes que nos impuseram perdem importância e relevo na nossa vida, tornando-nos mais vivos e mais despertos para o que nos rodeia, permitindo que possamos ver e apreciar a natureza, que a possamos sentir, que a possamos vivenciar e apreciar.

Chegados aqui acabamos de ultrapassar a 1ª barreira, passamos a aceitar o nosso Eu, o nosso interior adquire relevo, permitindo desta forma descobrir e realizar a existência de uma dimensão mais plena, ganhamos assim asas para novos voos permitindo a continuação da nossa caminhada em direcção às próximas barreiras.


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17/03/2012

Opinião 3


Nudoterapia em tempo integral

Nada mais natural que o Naturismo e, se viver naturalmente é algo de saudável e enriquecedor, o Naturismo tem muito a oferecer.

Sabe-se hoje – e diversos estudos foram feitos sobre o assunto – da importância de encararmos com naturalidade a nudez, de permitirmos aos nossos corpos o contacto pleno, sem barreiras, com o fluxo da vida. Tocar e deixar-se tocar. O ar, o sol, o vento, o contacto com o outro e com nós mesmos. Recomeçar. Reaprender a vida, sem preconceitos e tabus que, ao longo de séculos cercearam a nossa liberdade corporal, tolheram a espontaneidade e nos levaram a um estranhamento em relação ao próprio corpo.

Como diz A. Gaiarsa: “nossos corpos estão fechados de medo e de raiva, porque não puderam sentir felicidade nem prazer. Na verdade, porque não sabemos sentir o corpo”.
“A única terapia autêntica, profunda e genuína é recomeçar a sentir o corpo inteiro, com prazer inerente a esse sentir, prazer diverso, conforme a acção diversa, prazer diferenciado, prazer sem culpa, sem ansiedade e sem raiva”.

O processo de distanciamento em relação ao próprio corpo começa logo cedo. No berço. Impõe-se às crianças o uso de roupas inadequadas, muitas vezes desnecessárias, que limitam os movimentos, reduzem a auto-estimulação e aumentam o isolamento. É de importância fundamental repensarmos este aspecto da nossa cultura.

Os bebés gostam de ficar nus. Porquê vesti-los, mesmo quando demonstram claramente o desejo de parmanecer despidos? Irwin e Weiss, em “The Effect of Clothing and Vocal Activity of the Newborn Infant”, enfatizam que os bebés vestidos apresentam índices muito menores de actividade do que quando estão sem roupas e indagam se esta redução na actividade é decorrente da diminuição da auto-estimulação, de uma perda na recepção de estímulos externos, do possível alívio das contrações da fome ou se seria consequência da limitação mecânica imposta pelas roupas.

Em verdade, estes  quatro factores interferem, mas, possivelmente, na opinião de um outro estudioso do assunto, Ashley Montagu em “Tocar – O significado da pele humana”, o fundamental é o isolamento que as peças de vestuário representam em relação aos estímulos vindos de fora. Assim, há um distanciamento do mundo, uma restrição aos estímulos e sensações tácteis, ainda no berço.
O mesmo Montagu destaca que “uma das consequências do hábito de usar roupas desde o início da infância é que a pele deixa de desenvolver a sensibilidade que teria naturalmente, se não se tivessem usado habitualmente roupas”. E conclui: “As roupas interrompem muito a experiência das sensações agradáveis vindas da pele, por isso, a actual atitude de usar poucas roupas pode representar tentativas de gozar experiências que tenham sido anteriormente negadas”.

Porque vivem cobrindo-a de roupas, a criança, com o passar dos anos, perde aquele contacto natural que tinha com o próprio corpo, estabelece áreas proibidas de serem tocadas sem fortes sentimentos de culpa e corporifica os tabus que permeiam relações tácteis. Distancia-se do seu próprio corpo e do corpo do outro – que também é território proibido. Ou seja, carícias são negadas, afetos são reprimidos. Em contrapartida, incorpora ansiedades e temores, que se vão manifestar em tensões musculares crónicas, tão bem descritas por Reich, e que, num certo sentido, irão determinar o carácter e a percepção que terá do mundo e das coisas ao atingir a fase adulta.

É esta visão distorcida do Homem em relação ao próprio corpo e que tão cedo começa, que o Naturismo pretende mudar.
                                                                                                                                                         
O Naturismo procura enfatizar que para sermos mais ternos e amorosos antes de mais nada temos de aceitar o nosso próprio corpo, naturalmente. Se não nos amamos como poderemos amar os próximos? Se não aceitamos o nosso próprio corpo como poderemos aceitar o do outro? Se interrompemos o fluxo da vida como poderemos vivenciar as emoções plenas do viver?

Resgatar o próprio corpo, redescobrir a vida – tal é a finalidade do Naturismo.
O Naturismo é reeducação na medida em que denuncia os tabus e os preconceitos, a falsa moral, a hipocrisia e os valores negadores da vida. Cria uma nova moral ao estabelecer que todos têm direito à felicidade, que fomos feitos para sermos amoráveis  com nós próprios e com os outros.

O Naturismo é terapêutico na medida em que ele dá chances de “ficar bem com o seu próprio corpo”, uma vez que ele permite redescobrir e vivenciar plenamente os estímulos e sensações tácteis que foram negadas à sua pele. Ao tirar a roupa está igualmente a despojar-se dos papéis e das “posições sociais”, igualando-se aos demais. Dá-lhe a oportunidade de questionar a vida por inteiro, as relações estabelecidas com os que lhe estão próximos e com a Natureza. Ver e aceitar as pessoas como elas realmente são, descobrindo que a beleza não se restringe aos corpos padronizados pelas revistas e TV’s.

Alex Comfort, em “ABC do Amor e do Sexo”, nos diz: “É lamentável que nos tenham ensinado a sentir vergonha do corpo nú. Uma pessoa nua sente-se bem e o seu aspecto é agradável; até as pessoas feias ficam melhores e não piores, sem roupas”
“Impedir que as pessoas fiquem nuas, ou que vejam as outras nuas, é uma industria que emprega centenas de policiais, investigadores, promotores, etc.. E isso é um absurdo!”
“Tirar a roupa na companhia de outras pessoas significa vê-las como elas realmente são, e deixar que elas vejam como você é sem artifícios”.
“Actualmente, muitos adultos andam nus em casa e não ficam se escondendo atrás de toalhas. Isso ajuda as crianças a saberem qual é o aspecto do corpo dos adultos”.
“É bem provável que, ainda nesta época em que vivemos, as pessoas deixem de criar tanta polémica em torno da nudez”.
“Os “nudistas” costumavam falar maravilhas da sensação de poder se deitar ao Sol e se bronzear por completo, afirmando que era isso que os fazia sentir tão bem”.

Certamente, esse bem estar era também provocado pelo facto de poderem livrar-se das velhas “bobagens” segundo as quais a nudez é indecente e vergonhosa.
São estes velhos conceitos que o Movimento Naturista procura descartar através de uma vivência saudável e harmónica, com o próximo e com a Natureza. O Naturista tem por princípio não se envergonhar da obra do Criador.
Aceita o corpo do Homem, feito “à sua imagem e semelhança”, sem restrições e julga reflectir, assim, o anseio da humanidade por uma vivência mais plena.
Este é o grande valor terapêutico da prática naturista.

“A expansão do movimento nudista reflecte certamente o desejo de maior liberdade e comunicação por meio da pele. É muito interessante que isso assuma a forma de comunicação visual através da observação do corpo desnudo. Todos os nudistas são unânimes quando afirmam que isso reduz muito a tensão sexual e é de grande valor terapêutico geral”  , complementa A. Montagu.
A expansão do Movimento Naturista a nível mundial – hoje são 40 milhões de praticantes em todo o mundo – é a expressão de uma nova consciência que se revela e se manifesta conclamando à Vida.

Resgatar o corpo para resgatar o Homem. Resgatar o Homem para recriar a Vida.

Edson Medeiros
Sociólogo do Centro de Estudos Naturistas
NATMAG – Minas Gerais – Belo Horizonte – Brasil

Publicado na Revista "O Natural" Nº 6

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